Amnésia

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Então que, junto com o surto, veio certa dose de amnésia. Percebam como a coisa está feia:

Episódio 1:

Sábado comecei meu turno normalmente, fazendo umas análises de laboratório que o outro químico ainda não tinha feito. Então começa a operação (que foi uma loucura! Mil coisas pra resolver ao mesmo tempo, correria pra lá e pra cá e todo mundo me chamando... Enfim, o dia mais agitado da quinzena!)... Lá pelas 15:00, acorda o químico e me pergunta se eu tinha feito as análises. E eu respondo que não. Aí ele pergunta onde está o papel em que ele deixou anotados os resultados das análises dele. E eu: "que papel?"... Eis que me aproximo do telefone do laboratório e lá estava o papel (que ele realmente tinha me entregado e eu esqueci totalmente). Pior: com minha letra e os resultados das análises que eu tinha feito junto com as anotações dele. Nem preciso dizer que fiquei sem saber o que falar, né? Minha sorte é que ele também é meio doido e aí o entendimento é automático. Só nos restou rir e concluir que meu nível de insanidade está aumentando consideravelmente (e com uma rapidez impressionante!).

Episódio 2:

Domingo, dia de treinamento de incêndio e abandono. Toca o alarme. E onde está meu capacete? Não tá no escritório, não tá no camarote, não tá junto com a bota... Alguém deve ter pego por engano... Pego um outro capacete emprestado com o pessoal e sigo para o ponto de encontro.
Final de treinamento, preciso resolver umas coisas na área, vou com o tal capacete emprestado (detalhe: ele tinha um enorme adesivo com o nome do dono: "Maurício"). Chego no laboratório e o que encontro? Isso mesmo, acertou quem disse meu capacete. Alguém pode me explicar agora como eu saí do laboratório no dia anterior e fui andando pela área externa sem capacete, assim, sem mais nem menos? (detalhe, na área externa temos que usar todos EPIs - Equipamentos de Proteção Individual - incluindo o tal capacete!).

Temo que seja daí pra pior, sabe gente...
É mesmo uma pena que não seja uma amnésia seletiva. Porque as coisas que eu queria (e devia) mesmo esquecer, ficam aqui, martelando na cabeça. Eu mereço...

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