Estava lendo algumas coisas na semana passada, pensando sobre arrependimentos e oportunidades.
Algumas pessoas dizem que se arrependem das coisas que não fizeram. Eu, estranhamente, não. Se me arrependo de algo, é de algo que fiz. Porque viver se lamentando pelo que deixou de fazer me soa meio como uma covardia, sei lá... Ter medo é normal, mas viver sem nunca arriscar não é bem viver, é passar meio sem emoção pela vida.
Dentre meus arrependimentos, sem dúvida, os maiores são as mágoas que causei a pessoas que não mereciam. Porque nas nossas buscas por respostas, somos muitas vezes magoados, mas magoamos também. Tenho aprendido que isso não torna ninguém mau... Apenas somos suscetíveis a falhas, a escolhas erradas. Somos todos humanos e, por isso, não gosto muito de dividir as pessoas em boas ou más (embora, em alguns casos, seja quase impossível não fazê-lo - talvez por sobressair as boas ações ou as ações ruins. Mas creio que a maioria das pessoas possui um certo equilíbrio entre os dois lados).
Nesses dias, uma frase me ronda a mente:
"Qual de nós pode, voltando-se no caminho onde não há regresso, dizer que o seguiu como o devia ter seguido?"
(Fernando Pessoa, livro do Desassossego)
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