Dilema de mãe

quarta-feira, 4 de março de 2009

Definitivamente, eu não sirvo pra certas coisas. Como patroa, por exemplo. Uma de minhas irmãs disse “Você é uma patroa muito boa; desse jeito, eu vou largar a advocacia pra ficar cuidando do Gabriel” sugerindo que eu dou muito mole pra babá do Gabriel. Pior é que ela tem razão. Não sou de ficar pegando no pé, sou flexível demais no que diz respeito a horários e folgas, não fico vigiando serviço... Enfim, não faço nada que não gosto que façam comigo. Infelizmente isso pode acabar sendo um problema. Porque quando estou trabalhando, eu sei das minhas responsabilidades, dos meus prazos, etc, por isso acho uma aporrinhação que fiquem no meu pé. Mas nem todo mundo é igual. E as pessoas abusam porque dou liberdade demais.

Daí que a babá não deu certo. Faltava muito (e nem avisava com antecedência), chegava tarde, não se interessou em compensar as faltas, os atrasos ou as horas em que a liberei mais cedo (e não foram poucas!). Há ainda mais alguns detalhes que eu deixaria passar (mas não minhas irmãs! rs), porém foi o fato de não poder contar com ela que me fez decidir. Entendo que ela também tem filhos e que imprevistos acontecem... Só que daqui a pouco eu começo a trabalhar e vou ficar 15 dias fora. E todos na minha casa trabalham fora; então eu tinha que ter certeza de que ela estaria aqui, já que se ela faltar eu não tenho como voltar pra casa a qualquer hora pra ficar com o Gabriel. Achei que minha avó chegaria junto, mas, infelizmente, para meu desgosto e decepção não é assim que a coisa está se encaminhando (e essa já é uma outra looonga história).

Fiquei tensa o fim de semana todo, pensando em como falar com ela. Fiquei triste por vários motivos: porque o Gabriel já estava acostumando com ela; porque sei que ela precisa trabalhar; porque a idéia de colocar meu bebê na creche ainda tão pequenininho me aperta o coração de uma maneira que não sei nem descrever. Só que não teve jeito. Acho que falei de uma forma até bem legal, com bastante tato e coisa e tal... Mesmo assim ainda estou meio pra baixo.

Vou tentar com uma outra pessoa nesse meu período de férias (é, a licença maternidade já está terminando, a Petrobras só deu 4 meses. Então, tô pegando férias). Mas ainda não sei como vou fazer quando voltar a trabalhar. Toda vez que penso sobre isso (e penso muito), fico angustiada e triste. Acho que toda mãe se sente assim quando tem que voltar a trabalhar, né? Mas acho que o meu caso é um pouco pior porque ficarei muitos dias longe do meu bebê...

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