Ahá! Já sou quase considerada normal (ou digna de um Oscar, sei lá! Rs). Sim, eu me saí bem com o psicólogo também e estou quase lá (lá onde? No meio do mar, né, gente?). Tudo bem que ele poderia ter evitado algumas perguntas que eu mesma tenho evitado a mim mesma tipo " e sua vida amorosa?". Pô, qual é? Não sabia se ria, chorava, mandava ele se catar, perguntava que que ele tinha a ver com isso ou dizia calmamente que "atualmente tenho outras prioridades na minha vida". Após 2 segundos de reflexão, preferi ficar com a última e segura alternativa. Meu gerente será chamado e avisado que fui considerada apta a embarcar, embora a recomendação seja para que o primeiro embarque dure apenas 7 dias. Ah, tá bom demais! E é até melhor porque aí vou me readaptando. Tá certo, não ganhei na mega-sena nem nada... Mas pra mim é uma conquista importante, quase me sinto um passarinho cuja porta da gaiola está prestes a ser aberta.
Fora isso, um almoço ontem com meus amigos e um gringo que está fazendo um trabalho pra uma contratada aqui no Brasil (e esse é o auge da minha atual vida social... Deprimente. Tsc). Eu nunca fiz curso de inglês nem de nenhum idioma (nem creio ter paciência pra isso. Podem me crucificar dizendo que é importante pra carreira, blábláblá... É mesmo. Mas esse negócio de ficar sentando pra estudar gramática, dá pra mim, não. "Façam o que eu digo, não façam o que eu faço"). O pouquíssimo que eu sei é da faculdade (e os inúmeros papers da área de biologia que eu tinha que ler - todos em inglês, claro), alguma coisa de músicas que escuto ou filmes e séries que a gente assiste (ou assisitia antes de ter filho). Daí, fomos almoçar. Mas eu entendia o que o gringo estava dizendo, embora ele falasse apenas com um amigo mais fluente na língua. No carro, na volta pro trabalho, dois assuntos: mulheres e custo de vida em Macaeca city (diga-se de passagem, conversa só entre o gringo e o meu amigo). Poxa, eu tiver que rir dos comentários do gringo. Aí ele me olhou e disse “Hei, you speak english!”. Falo nada, gente! Nem uma palavra – porque, afinal, eu não ia passar essa vergonha, né? Mas entender... aí é diferente! Rsrs.
Juro que se eu tivesse que viajar sozinha pra fora do Brasil, eu ia surtar. Tenho pavor da idéia. É, sou roceira ou qualquer termo parecido que queiram me atribuir. Mas a verdade é que levei cerca de um ano embarcando na mesma sonda, com os mesmos gringos, pra ter coragem de arriscar umas frases aqui e acolá. Eles ficaram surpresos - certamente mais surpresos do que o gringo aí de cima. E eu continuei dizendo que não sabia mesmo falar e nunca tinha feito curso, mas eles não acreditaram.
Sabe, eu acho que meu baby puxou ao pai e tem facilidade pra idiomas – apesar do baby preferir números a palavras (meu oposto total! Rs). Aprendeu “dog” sozinho num brinquedo bilíngüe logo que começou a dizer as primeiras palavras em português – o que surpreendeu todo mundo lá em casa. E repete o nome dos bichinhos do programa da Discovery Kids “Word World”. Fofo. Em compensação, me ignora completamente quando faço perguntas que ele considera idiotas. Há 3 semanas eu venho perguntando: “Qual seu nome, filho?”. Ele sabe, claro. Já sabia muito antes de começar a sequer engatinhar porque a gente chamava e ele atendia. Mas eu perguntava, perguntava e nada. Ontem, na farmácia, a moça perguntou: “Qual seu nome?” e ele: “Gabiel” (é, sem o “r” mesmo). Um outro moço perguntou e ele respondeu “Biel”. Pô, meu filho deve me achar uma velha imbecil que fica perguntando o nome dele quando é evidente que eu já sei. Era por isso que ele me ignorava solenemente quando eu perguntava. Só me resta imitá-lo e dizer “Caraca! Puxa vida!” Rs.
PS: A propósito, “caraca” e “porcaria” são o máximo de palavrões que posso usar agora porque ele parece um papagaio! Pensei em atacar de “Shit” de vez em quando, mas - além de não saber falar inglês, claro! rs - se tem uma coisa que eu aprendi é que meu filho não é bobo e brevemente, além de imitar, usaria no contexto certo.
E pra quem gosta de refletir:
"Nunca alcançarás uma meta maior do que aquela a que te propuseste." (E.G.White)