Aventura na selva de pedra

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Por algum motivo (desconhecido) acordei bem, com esperança de que essa semana seja melhor que a outra (TEM que ser!). A semana passada foi podre e culminou com a sexta-feira quando passei por um martírio, e o que é mais revoltante, em vão.

A guarda me disse que após 3 dias úteis eu poderia pegar o BO (Boletim de Ocorrência); como já tinham passado 6 dias úteis (enqt isso, meu carro tá lá parado) e a outra motorista que ficou de pegar a ocorrência não foi lá, saí do trabalho depois do almoço para ir ao MacTran. Uma verdadeira aventura na selva junto com meu fiel escudeiro, Daniel.

- A jornada começa procurando um ponto de ônibus em que passe ônibus. Um ponto onde passe ônibus parece coisa óbvia, né? Mas lembrem-se: estou em Macaé e nada aqui é óbvio. Perto de onde eu trabalho há um ponto de ônibus... na teoria, claro. Na prática, não passa ônibus. Encontrado o ponto, eu e meu amigo pegamos um transporte que nos deixava no tal Terminal Central. Depois, mofamos lá, em pé, por 40 minutos. E qd finalmente o ônibus chegou, a fila para organizar a entrada foi ignorada e tive que me acotovelar com os nativos selvagens - que não respeitam nem uma senhora de muletas, que dirá uma grávida – para sentar.

- Não sabíamos bem onde era o MacTran e o Dan teve que gritar pra pedir informação ao cobrador, já que dentro do ônibus super lotado havia umas moças “falando” acima dos 100 decibéis!

- No trajeto, tive mais dois episódios mostrando a desorganização do trânsito aqui:
1) o ônibus faz um itinerário estranho, passando 2 vezes pelo mesmo lugar só na ida! Se fosse ida e volta, seria normal... Mas lembrem-se, aqui é Macaé e não dá pra ser normal.
2) Passando pelo cruzamento onde a guarda disse que sempre há acidentes (além daquele onde houve minha colisão), adivinhem? Dois carros batidos atravancando o trânsito. Será que os políticos e responsáveis pelo trânsito aqui sabem o que é sinalização?

- Hoooooras depois, chegamos ao MacTran. Pra que? Para uma criatura “atenciosa” do atendimento me fazer preencher um pedido, me entregar um nº de protocolo e me dizer pra retornar lá em mais 5 dias úteis. AHN? “Mais 5 dias úteis”? Whatahell? E o que a guarda me disse, que em 3 dias eu poderia pegar o BO direto? Quase tive uma crise epilética no recinto, ainda bem que eu estava acompanhada pelo meu escudeiro, que me conteve e impediu maiores danos. Mas, sério: vai ser incompetente assim no inferno, né?!

Conclusões:

Fiquei sem o BO, mas em compensação ganhei de brinde dor nas pernas, coluna, baixo ventre... E depois de ainda viajar 2 horas pra Campos city, cheguei em casa quase aleijada.

Não volto lá de ônibus nem morta, mesmo que tenha q pagar 50,00 de taxi!

Impossível ficar aqui sem carro, tendo que depender do transporte público (monopolizado por uma única empresa, diga-se de passagem) e que lidar com nativos ainda não civilizados.

Não há limites pra incompetência humana.

E que as forças cósmicas me salvem de um dia ter que morar definitivamente aqui!...

PS: ainda tenho esperanças de que essa semana seja melhor. Mas se não tiverem notícias minhas até sexta-feira é porque me obrigaram a viajar com a "tia velha amargurada" do post aí debaixo e eu não sobrevivi (overdose de trauma ou isolamento da sociedade por não ser mais responsável por meus atos).

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