Das bobagens que eu escrevo

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Ela sonhava, dormindo ou acordada. Na verdade, principalmente acordada. Distraí-se e de repente estava no meio de um sonho, daqueles onde tudo é perfeito. Sua mãe dizia que sonhar era sua especialidade. Seu pai alertava que ela precisava ser um pouco mais prática e realista. “Já basta a realidade da vida”, ela retrucava. É, porque depois de uma jornada cansativa num trabalho enfadonho, o que poderia ser melhor que deitar na sua cama e imaginar o dia em que teria seu próprio negócio, com liberdade de horários, com poder de decisão, ganhando dinheiro para si mesma e não mais para os outros?

Ela tinha um namorado, estavam juntos há 5 anos. Um rapaz de cabelos castanhos e estatura mediana, tranqüilo, atencioso, trabalhador, mas sem grandes ambições. “Um bom rapaz” – dizia sua família. “Um tipo comum” – a moça definiria. Quando eles discutiam por alguma razão boba, ela se trancava no quarto, colocava algumas músicas românticas para tocar e sonhava com o dia em que conheceria um homem lindo, inteligente e financeiramente estável, com quem se casaria e teria um casal de filhos. Ele a levaria para longe daquela sua cidade sem opções, para conhecer lugares maravilhosos que ela imaginava em detalhes. Teriam uma linda casa com jardim bem cuidado e um salão onde receberia muitos amigos. Ela imaginava a recepção, quando o telefone tocou. Era sua amiga, convidando-a para ir à lanchonete. “Lanchonete? Prefiro continuar sonhando com a linda festa que darei um dia...” Inventou uma desculpa para a amiga - “Ah, estou terminando de digitar aquele trabalho da faculdade” – e recusou o convite. A verdade é que, diante de seus sonhos perfeitos, a realidade parecia desbotada demais.

A vida seguia seu curso. Ela continuava sempre absorta em seus sonhos. Terminaram a faculdade e sua amiga convidou-a para abrir um pequeno negócio: começariam em um cômodo da casa de sua amiga, com entrada independente do restante da casa. Mas ela achava que sua amiga tinha uma visão muito “limitada”, além de poucos recursos para investimento inicial: dificilmente o negócio daria certo. Além disso, estava pleiteando uma vaga numa grande empresa. Enviou currículos, fez 2 entrevistas, mas o emprego não saiu. “Da próxima vez, quem sabe?”

Na mesma época, seu namorado, numa sexta-feira comum, chegou com um grande sorriso e a notícia de que havia sido efetivado no local onde antes estagiava. Com os olhos brilhando, ele a pediu em casamento; disse, empolgado, que faria uma prestação assim que recebesse o primeiro salário para comprar as alianças. Os olhos dela encheram de lágrimas, mas não eram de emoção e, sim, de medo... Medo do que seria o futuro se casando com ele, num emprego sem muitas possibilidades de crescimento, morando numa casa que teriam que financiar e que levariam 20 anos para pagar, tendo que fazer muitos sacrifícios para sustentar os filhos... Então, ela disse “Não”, fechou o portão, chorosa, e entrou para o seu quarto, onde ficou todo o final de semana. Ela recusava-se a levar uma vida medíocre. Ligou o rádio, tocava uma música de Legião Urbana “Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo/ Prefiro acreditar no mundo do meu jeito/ E você estava esperando voar, mas como chegar até as nuvens com os pés no chão?”... Ela interpretou o trecho da música a seu modo, achou que era um sinal e decidiu mergulhar nos seus sonhos mais uma vez.

Enquanto sonhava, o tempo passava. Foram-se dias, semanas, meses... O negócio de sua amiga começava a prosperar. Com paciência e trabalho, se tornaria um dia um grande negócio. Seu ex-namorado sofreu e chorou por semanas, até que conheceu uma moça de cabelos castanhos e estatura mediana, tranqüila, atenciosa e trabalhadora. “Uma boa moça”, disseram seus pais. Uma moça que um dia aceitaria seu pedido de casamento, com quem um dia teria filhos...

E ela? Ela continuo sonhando seus sonhos perfeitos, no seu quarto de sempre, deitada na sua cama de sempre. Até que um dia, não mais acordou...

Maca(eca) City - a capital do petróleo

terça-feira, 27 de maio de 2008

Eis algumas coisas que constam na Desciclopédia sobre a "maravilhosa" cidade onde estou [sobre]vivendo e trabalhando, com algumas observações:

"Subdesenvolvimento para todos - frase da prefeitura da cidade
Você quis dizer: Maconhé - Google sobre a cidade de Macaé
Eu tenho medo! - Regina Duarte sobre a cidade
Vá pa puta que te pariu!!! - Dercy Gonçalves quando chegou a Macaé
Sinto muito, não faço milagres. - papa Chico Bento XVI sobre a violência em Macaé
O próximo ônibus pro Rio só daqui a 4h - vendedor no guichê da 1001 na sexta-feira à tarde (porque ninguém fica aqui no fim de semana, eu já disse pra vcs que tem hotel que faz até promoção! rs)
A gente pede pra sair! - recrutas do BOPE sobre Macaé
Consta que o super-herói Capitão Nascimento se mudou para o Rio porque procurava uma cidade mais tranqüila para trabalhar.

Macaé é uma vila de pescadores que flutua em óleo. Os pescadores, no entanto, não pescam nada há anos, desde que a Petrobras se instalou no local e começou a derramar óleo no mar. Com a Petrobrás vieram os engenheiros cheios da grana e, atrás deles, vieram as piranhas. Elas são, atualmente, o único peixe que pode ser comido a baixo preço na cidade, no mercadão que fica na Rua da Praia.

História
Diz a lenda (existe mesmo essa lenda!) que, em 1800 e alguma coisa, um gentil cavalheiro psicopata doidão chamado Atum Coqueiro (na lenda verdadeira é Motta Coqueiro, eu acho... rs), que morava no vilarejo vizinho de Conceição de Macabu (e que ficou, por isso, conhecido como Fera de Macabu) resolveu numa tarde tediosa matar a família e ir ao cinema. Na volta, foi capturado pela polícia, que havia sido acionada pelos vizinhos. Ele foi condenado à forca. Só de sacanagem, em suas últimas palavras disse que a vizinha Macaé ficaria estagnada por 100 anos. Ao que parece, a execução deve ter sido feita na beira de um vale e a praga ecoou no mínimo 40 vezes.
Era considerada uma cidade tranqüila onde os pássaros cantavam, as flores se abriam ao amanhecer e as ondas batiam na orla fazendo um som quase hipnotizante e relaxante. Mas tudo isso acabou quando o antigo prefeito e atual deputado federal Sílvio Lopes resolveu pagar a Rede Globo para fazer um Globo Repórter sobre a cidade com o tema "OLHA COMO NOSSA CIDADE É RICA E TEM EMPREGO DE SOBRA" que Macaé virou, o que chamamos carinhosamente de holocausto.

Economia
Macaé é responsável por 80% do petróleo nacional. Mesmo com tal privilégio a cidade tem o preço por litro de gasolina mais caro do Estado do Rio de Janeiro (verdade!). Tal fartura fez com que a Petrobrás se interessasse pela cidade e montasse várias bases no local, trazendo inúmeros engenheiros e técnicos de fora da cidade, já que não existe nenhum curso preparatório para a área de petróleo em Macaé (atualmente surgiram alguns cursos, mas TODOS são na área de petróleo, o que não deixa opção pra quem quer trabalhar com outra coisa...).

Embora o petróleo seja o principal responsável pela economia da cidade, essa atividade é dominada por não-macaenses (raro encontrar um macaense, nascido e criado aqui, trabalhando nas plataformas. Ainda mais raro ver algum em cargos "relevantes"...). De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Datafodasse, os nativos sem especialização concentram-se no tráfico de drogas, assaltos de pivetes no centro da cidade, seqüestro relâmpago, trote de celular, lavagem de dinheiro e associação com gringos foragidos da Interpol.

Outra grande fonte de renda dos cidadãos macaenses é a politicagem. Costumeiramente, o candidato a prefeito que prometer arranjar uma "boquinha" para o maior número de pessoas leva.

Comércio
Inexplicavelmente, o comércio macaense funciona de segunda à sexta das 10h às 17h e sábado das 10h às 13h, horários em que todas as pessoas normais estariam trabalhando. Existe uma galeria muito vistosa chamada Macaé Shopping que, contrariando a tradição comercial da cidade, funciona também das 11h às 18h.
(É ruim mesmo. E, além da falta de opções, é caro! Dia desse no ponto de ônibus, um senhor estava me dizendo que tem uns animais em Macaé, mas deixa pra fazer compras de ração, vacinas, etc em Campos porque custa metade do preço!)

Política
A política de Macaé era dividida em dois grandes grupos, os Mussi e os Lopes. Os Mussi se casaram com os Lopes e hoje dominam toda a cidade.

Essa cidade já foi visada por inumeros políticos do país, todos querendo uma fatia dos royalties do petróleo para a construção de casas em condomínios super luxuosos na Suíça ou obras faraônicas sem utilidade nenhuma, tais como as rodovias super faturadas, a Pirâmide da Família Real Lopes-Mussi e o sarcófago do faraó Silvio Lopes III.

Festas típicas
Os macaenses se reúnem a cada seis meses para festas pagãs que envolvem beber altas doses de Moranguinho ou Moranguito(ninguém até hoje descobriu o nome exato. Não se sabe ao certo os ingredientes da bebida, que tem uma estranha coloração entre o vermelho e o rosa. Suspeita-se que seja composta por Ki-Suco de morango, água de radiador e farelo de asfalto), com vodkas baratas (como a Natasha, vendida em garrafas de plástico), fumar um cigarro com cheiro de incenso conhecido como Gudang e, caso o ritual seja realizado na praia, substituir a havaiana (parte do vestuário típico) por salto alto para uma movimentação mais fácil.
No inverno, ocorre a Exposição Agropecuária, onde é realizada uma volta as origens para que o contato com bois e cavalos não seja caído no esquecimento. A festa é animada com shows de uma banda Pop em fim de carreira, uma dupla sertaneja, uma banda de pagode ou axé e uma banda Gospel.
A chegada do verão é celebrada com o Fest Verão. A partir desta data os macaenses passam a se reunir diariamente na Praia dos Cavaleiros. A festa é animada com shows de uma banda Pop em fim de carreira, uma dupla sertaneja, uma banda de pagode ou axé e uma banda Gospel.
No Ano Novo, quando a meia noite se aproxima, todos os cidadãos macaenses sacam seus binóculos para poder assistir de uma posição privilegiada a queima dos fogos em Búzios, Cabo Frio e Rio das Ostras. Infelizmente a visão é atrapalhada por "rojões 12tiros" que são lançados na Praia dos Cavaleiros. Nos dias logo antes e logo depois do revéillon, acontecem shows de uma banda Pop em fim de carreira, uma dupla sertaneja, uma banda de pagode ou axé e uma banda Gospel.

Geografia
A cidade se localiza no norte da Região dos Lagos (ou na Baixada Litorânea, ou no sul do Norte Fluminense, ninguém sabe ao certo). De qualquer forma, ela fica no Estado do Rio de Janeiro em algum lugar entre Rio das Ostras e Campos dos Goytacazes. É conhecida como a "Cidade do Futuro", porque tudo que é implantado no local vai ser terminado algum dia, seguindo a mesma lógica do fiado só amanhã.

Existem quatro bairros bacanas na cidade: Cavaleiros, Glória, Imbetiba e Riviera. Os outros dezenove são favelas em maior ou menor grau, à exceção de alguns pontos da região central da cidade. Bem afastados da zona urbana estão condomínios fechados destinados aos engenheiros, nos quais os nativos normalmente só entram para fazer serviços de manutenção, limpeza ou saques.

Os atrativos de Macaé podem ser divididos em praia e serra.

Praias
O litoral de Macaé é famoso por suas 6 praias: do Forte, Imbetiba, Campista, dos Cavaleiros, do Pecado e Rio das Ostras. Existem mais, mas ninguém sabe onde ficam ou seus nomes.

Praia do Forte: Tem este nome por ser onde se situa um dos mais importantes pontos turísticos da cidade, o Forte Marechal Hermes e Renato. É habitada por piranhas e demais animais dispostos a "pescar" um soldado.

Praia de Imbetiba: Era a praia da elite macaense, quando macaenses ainda ficavam ricos trabalhando. Em dias quentes, os macaenses vão a essa praia pegar os peixes fritos pelo óleo vindo dos navios e rebocadores a serviço da Petrobrás.

Praia Campista: Famosa por ser o local onde fica a sede da Petrobrás e também o local onde morreram mais cidadãos Campistas na história. É fato que os campistas são inimigos mortais dos macaenses devido à descendência dos índios aquidauânus.

Praia dos Cavaleiros: É a praia da galera. Local de concentração de macaenses em dias de sol durante as férias (já que, em períodos de trabalho normal, ninguém fica na cidade nos fins de semana - eu não disse? rsrs).

Praia do Pecado: Como o nome já diz, é uma praia que estimula a devassidão. É conhecida por ser um território mais liberal que a Holanda, onde as drogas são liberadas, sexo é feito sem camisinha e são realizados casamentos homossexuais.

Rio das Ostras: A praia mais visitada da cidade por visitantes e turistas.

Serra
A Região Serrana da cidade tem como único ponto de interesse o distrito do Sana, destacando o pico do peito do pombo, protegido por suas brumas constantes. É o refugio de gnomos, duendes e outros bichos grilos que vivem em estados alterados de consciência. Possui as mesmas características da Praia do Pecado, mas a água encontra-se em formato de rios e não de praia.

A habitação do Sana é normalmente barracas de camping que, é obvio, não possuem chuveiros, uma vez que os bichos grilos não são adeptos de hábitos de higiene e costumam fazer suas necessidades básicas na água cristaina das montanhas. Como, apesar de desejarem, não podem andar nus pela rua, os Sanenses usam cortinas e cangas como trajes no dia-a-dia.

População

A população de Macaé e basicamente formada por:
10% Gringos
60% Favelados
30% Nordestinos
10% Peão de rodeio plataforma
80% Pessoas, como você, que vieram pra cidade ganhar dinheiro
5% Guardas municipais

Como chegar?

Se você, aventureiro destemido, encantou-se com os atrativos desta bucólica cidade, você é louco. Mas se você tiver que ir à cidade por algum outro motivo, aqui estão algumas formas de chegar:

- De Ônibus: Saindo da rodoviária do Rio de Janeiro, você terá várias opções de empresas rodoviarias para Macaé: 1001, Viação 1001, Mil e Um, Auto Viação 1001, Milium, Expresso 1001, 1001 LTDA e Macaense (que foi comprada pela 1001). Macaé possui uma rodoviaria moderna e limpa (hahaha), com ampla área para estacionamento com capacidade de 2 carros e com um shopping de produtos importados chineses e paraguaios. Para chegar em outros pontos da cidade basta se dirigir ao Terminal Central onde a cada 2 horas passará um ônibus com destino ao Terminal Parque de Tubos com conexão Terminal Lagomar. De lá pegue o ônibus para o Terminal Lagoa, depois Terminal Cehab e depois de 37 terminais você chegará ao seu destino.

- De Carro: Pegar a BR-101 sentido nordeste. Se você sobreviver à BR-101, já no municipio de Macaé irá chegar ao trevo onde estará localizada a Pirâmide Real. Neste ponto vá pela direita, onde começará a Linha Verde (construída por um projetista de montanhas-russas, é a mais emocionante rodovia ondulada conhecida), assim chegando mais rápido na outra saída da cidade, cortando todas as favelas. Este itinerário será incorporado aos sacrifícios que os postulantes a um posto de Capitão do BOPE-RJ terão que se submeter, a fim de pegar uma vaguinha naquele dito incorruptível Batalhão.

- De Carona: Se você for de carona, quem te der carona deve saber como chegar, mas tome cuidado: caronistas costumam ir parar no Sana! Porém, se a carona for de carro, pode se despreocupar: para o Sana, o mais popular meio de transporte é o Disco Voador.

É por essas e outras que eu quero que chegue logo novembro! Minha cidade também é ruim (depois coloco o que diz na desciclopédia sobre ela), mas é menos pior (ou talvez eu ache isso porque eu tô mais acostumada a Campos, sei lá).

Ego

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Esse eu peguei da Mah.


Eu quero: Que meu bebê nasça com saúde. E quero minhas folgas de volta (rs).
Eu tenho: Dúvidas.
Eu acho: Que nunca fui totalmente normal. E que nunca serei.
Eu odeio: Injustiças, pagar impostos, chá, malhar, fazer mala, acordar cedo, dentre outras coisas.
Eu sinto Saudades: Da minha Bisa. E quando estou longe de casa, da minha mãe e minha vó.
Eu escuto: Quase tudo, mas nem tudo me agrada. Funk me desagrada particularmente.
Eu cheiro: Antes de experimentar algo que não conheço.
Eu imploro: Para que Deus me guie quando me sinto totalmente perdida (quase sempre! Rs).
Eu procuro: Respostas.
Eu pergunto-me: O que a vida espera de mim.
Eu arrependo-me: Das mágoas que causei.
Eu amo: Minha família. Amigos e outras pessoas queridas (algumas que ficaram na minha vida pouco tempo, mas que fizeram diferença).
Eu sinto dor: Quando vejo alguém sofrendo e não há nada que eu possa fazer.
Eu sinto falta: Da época em que eu tinha menos responsabilidades.
Eu me importo: Com as pessoas que amo. E muitas vezes até com quem eu mal conheço.
Eu sempre: Penso demais.
Eu não fico: Com a mente vazia (por isso não consigo meditar!).
Eu acredito: No potencial que temos para realizar as coisas.
Eu danço: Para extravasar. E prefiro que seja no meio de muita gente que também esteja dançando para passar despercebida.
Eu canto: Desafinado.
Eu choro: Quando estou triste. Mas às vezes também choro de rir.
Eu falho: Porque sou humana.
Eu luto: Para me tornar uma pessoa melhor.
Eu escrevo: No blog. Mas escrevo ainda mais fora dele, coisas que eu nem chego a publicar. E gosto mais de papel e caneta do que de digitar no computador.
Eu ganho: Peso facilmente.
Eu perco: Tempo com coisas que não vão levar a nada.
Eu nunca: Estou totalmente satisfeita.
Eu estou: Tentando entender.
Eu sou: Cheia de contradições. Sou fruto de tudo que já vivi, sou o que vivo hoje e, potencialmente, tudo que ainda viverei. Na verdade, somos todos complexos demais para que consigamos nos descrever em poucas linhas.
Eu fico feliz quando: Estou com as pessoas que amo, faço algo de bom, ajudo alguém, consigo algo que eu queria, quando tenho liberdade...
Eu tenho esperança: De que, um dia, o mundo será menos desigual.
Eu preciso: “de oxigênio, preciso ter amigos, preciso ter dinheiro, preciso de carinho...”
Eu deveria: Ser mais persistente.


Ah, deixa aproveitar e colocar aqui selinho que recebi da Shay:


Indicações? Hum, deixa ver:

Lu, do Falar de Mim. Ela desistiu do blog uma vez, mas acabou voltando. Típico de blogueiro fiel! rs.

Luma, do Luz de Luma. Essa eu nunca vi desistir... rs. Sempre tem algum texto, alguma campanha de utilidade pública, ela não deixa a gente na mão...

Marylin, do Toda Menina. Ela sumiu um poquinho, mas taí de volta pra blogosfera.

Tenho mesmo que dar um título?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Só uma coisa me anima: amanhã é feriado. Pensando bem, outra coisa me anima também: vou pegar a onda do feriado e não pretendo aparecer aqui na sexta-feira.
Fora isso, ando tensa:
- ontem à noite não consegui falar com ninguém porque, pela segunda vez no espaço de uma semana, a Vivo fica fora de operação (o problema só pode ser da operadora, pois meu celular não é o único que fica sem fazer ou receber chamadas...);
- acordei passando mal (enjôo, enjôo que desde ontem não me abandona);
- peguei ônibus errado (me disseram que qualquer que estivesse escrito "Lagomar" servia. Ledo engano, alguns passam nem perto de onde eu trabalho e fui descobrir da pior maneira);
- meu trabalho está empacado (menos mal que a culpa não é minha);
- o cara da loja onde comprei os móveis do meu quarto está me enrolando (foi lá, montou coisa errada, deixou de entregar a cama... Agora ele combina todo dia de voltar pra acertar as coisas e eu faço mamãe ficar esperando até a hora em que ela tem que sair pra trabalhar, só que é em vão porque o cara sempre dá o cano!).
Infelizmente, nos últimos dias ando com uma tendência ao mau humor. Pequenas coisas, como uma meninado sentada ao meu lado no ônibus falando (alto) sem parar um monte de bobagens no celular, me tiram rapidamente a paciência. Mas estou esperançosa de que o feriado vai melhorar isso... rs.
Mas, falemos de um assunto mais agradável: meu bebê.
- Vai se chamar Gabriel. Na verdade, Gabriel Henrique. Não que eu ache que esse "Henrique" aí combine com Gabriel, mas foi pedido do pai porque na família dele todos os homens tem esse "Henrique" como segundo nome... Mas eu chamo só de Gabriel.
- Fiz a ultrassonografia na sexta passada (mas só vou pegar as fotos nessa sexta). Acho que ele até tava dormindo, mas qd o médico pediu pra eu reposicionar o quadril, o Gabriel acordou e não parou de se mexer. Não deu pra ver o sexo no ultrassom (sei que é menino só por causa da sexagem fetal). Mas fiquei que nem uma boba vendo ele mexer os bracinhos, virar de costas, virar cambalhota... Apesar desse movimento todo, não sinto nada ainda - daí que eu queria ter um aparelho de ultrassom em casa pra poder ver todo dia se ele tá bem (é, não sou certa, não). Mas dizem que sentirei falta dessa paz toda depois que eu começar a sentir ele mexer direto... rs.
- No sábado fui comprar um presente pra minha futura afilhada e me empolguei na loja. Acabei comprando uma roupinha muito fofa pro Gabriel, vinha com bonezinho e tudo! Coisinhas de bebês são tão lindas!
- Respondendo à dúvida da Cilene: vou tirar 4 meses de licença, férias e todas as folgas que eu tiver acumulado, assim poderei ficar com o bebê 6 meses (ou quase isso). Quando eu começar a embarcar, ele vai ficar com minha avó durante o dia. Pretendo contratar uma babá, porque minha avó já tem 74 anos. Mas vovó supervisiona tudo! Ah, a Petrobras dá auxílio financeiro depois da licença-maternidade (ainda não sei por qts meses) e depois dá auxílio-creche. Mas acho que creche tem que ser só depois de 1 aninho, antes disso prefiro que fique em casa mesmo.
Então, gente, bom feriado!

Desgosto Administrativo

segunda-feira, 19 de maio de 2008

As vezes eu fico aqui, dependendo das definições de fulano ou cicrano para dar andamento no trabalho. Detalhe: fulano não está aqui e cicrano está priorizando outro trabalho... Então, o dia passa. Mas passa lentamente (pra desgosto meu, que estou morrendo de sono). E eu fico pensando quantas coisas mais úteis - ou, pelo menos, mais interessantes - eu poderia estar fazendo.

Como tanta gente trabalha nesse regime administrativo e acha perfeitamente normal? Talvez porque o ser humano se acostuma a tudo na vida... Mas não está sendo fácil:
- os horários são ruins, inflexíveis e impossíveis de adaptar a seres, digamos, com tendências mais noturnas;
- se você termina seu trabalho em 4 horas, tem que ficar mais 4 horas fingindo que está trabalhando (hipocrisia);
- mesmo morando perto do trabalho, o trânsito é tão ruim que você faz o trajeto que deveria durar 10 ou 15 minutos em quase 1 hora (eu já disse que o trânsito em Macaé está bem pior que em Campos? Se não, estou dizendo agora! É totalmente desorganizado!);
- as folgas são poucas (só sábado e domingo) e não dá pra fazer tudo que você precisa fazer. Quanto ao que você gostaria de fazer, não sobra tempo algum ou a gente está tão cansada no pouco tempo que sobra que não tem ânimo pra nada. Daí, entre qualquer coisa (cinema, passeio, ver os amigos, etc) e dormir, a gente acaba escolhendo dormir.

Isso tudo sem contar que, no regime administrativo o salário é menor. Muuuito menor. Algo assim, como direi...? M-e-t-a-d-e.
Graças a Deus esse não é meu caso, já que estou aqui temporariamente.

Fico com medo de se tornar muito difícil embarcar depois que o bebê nascer e a licença-maternidade acabar. Mas aí eu vou ler esse post. Quero lembrar como é chato tudo isso. Pode ser que eu fique emocionalmente abalada em deixar o bebê 14 dias aos cuidados de outra pessoa (mesmo que essa pessoa seja vovó), certamente vai me doer muito... Mas não quero desistir de embarcar sem tentar. Acho que embarcando terei mais tempo pro meu filho, não só em quantidade (os 21 dias de folga), mas também em qualidade...

Da Gravidez

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sou meio lenta pra algumas coisas...
Quando fiz o teste de farmácia e deu positivo, não acreditei. Fiz o Beta HCG, que deu positivo também, e continuei sem acreditar. Só acreditei de verdade quando fiz a primeira ultra (com 8 semanas) e vi (e ouvi) um "feijãozinho" com o coraçãozinho pulsando. Mesmo assim, ainda pensava "não é comigo"... Não que eu não quisesse um bebê. Pelo contrário, sempre quis ter um filho e o namorido desde o ano passado falava sobre o assunto. Mas como eu tinha ovário micropolicístico (OMPC), achei que teria que fazer algum tratamento pra engravidar. Tratamento? hahahaha. Eis o tratamento: parar o anticoncepcional e tomar, por conta própria, metformina durante 3 meses (não tô mandando ninguém se automedicar, hein! Fiz isso porque li vários artigos médicos, estudei sobre o assunto e vi que esse é o mais novo tratamento para mulheres com OMPC. Mas os médicos da minha cidade pareciam estar por fora do novo tratamento, então decidi por minha própria conta e risco). Bom, mais ou menos 4 meses depois, a novidade.

Mas só agora estou começando a ter realmente dimensão do fato (alguns diriam "agora que tá caindo a ficha"). Só agora, com 13 semanas de gravidez! (eu disse que às vezes sou lenta! rs)
Aí, cá estou eu, me vendo, de repente, ansiosa pra fazer a ultrassonografia amanhã, pra saber se o bebezinho tá ali mesmo e se tá tudo bem com ele. Olhando sites e blogs sobre gravidez.

Nas andanças pela blogosfera, encontrei um blog que me emocionou: Grávida de um bebê especial. Conta a história da Michelle, uma jovem mamãe que descobriu, durante a gravidez, estar esperando um bebezinho com Síndrome de Down. Não fiz o exame de translucência nucal (para diagnosticar a síndrome), mas fiquei encantada com a força da Michelle. Depois ela fez um site sobre a filha dela, a Gabi - pena que ela está atualizando pouco. Quem quiser, pode dar uma olhada...


Ah, passei lá no blog da Luma e li sobre a campanha para preservação das Baleias. Claro que eu assinei a petição, adoro as baleias! Vi várias durante meus embarques, especialmente quando embarcava por Vitória, ES. Então, quem puder, dá uma passadinha aqui e assina. É rapidinho.

É assim que eu sou...

terça-feira, 13 de maio de 2008

Queria ser do tipo extremamente adaptável, mas mudanças para mim, em geral, são um transtorno.
Queria ser do tipo extremamente sociável, que fica amigo de qualquer um em poucas horas de conversa. Mas tenho que conviver com meus próprios altos e baixos no quesito interação.
Queria ser do tipo que não questiona tudo o tempo todo.
Queria ser do tipo que fica feliz só com as coisas simples ao invés de ficar complicando tudo.
Queria não ser tão ansiosa, viver cada coisa no seu tempo, entender de uma vez por todas que algumas coisas simplesmente não estão sob nosso controle e serão como tem que ser.


Mas, como eu disse pra Marina, tenho que me aceitar como eu sou. Porque alguns podem até não conseguir conviver comigo, mas eu não posso fugir de mim mesma (mesmo que eu tente, cedo ou tarde terei mesmo que me encarar...).

Não consigo nem pensar num título...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

- Dia das Mães em casa, ao lado de mamãe e vovó. E recebendo parabéns também, afinal, daqui a 6 meses serei mãe (que esses meses passem logo!).
Choro na hora de arrumar as malas pra vir pra Macae(ca).

- Mudou tudo: já me colocaram pra fazer outro trabalho. O detalhe é que promete ser ainda mais chato que o anterior... Pelo menos me tiraram no cubículo e me colocaram numa sala mais ampla (tem até janela... Oooohhhh! rs). Mas minha decisão agora é me estressar o mínimo possível.
Surpreendentemente, apesar de toda chatice, essa 2ª-feira passou rápido. Espero que seja assim a semana toda.

- Consegui a vaga na pousada, mas faltam mais coisas do que pensei pra ajeitar.

- Ando com o coração apertado, mas não quero entrar em detalhes... Apenas pra deixar registrado.

- Minha vontade de interação anda em baixa e restrita a pouquíssimas pessoas, principalmente no ambiente de trabalho. Preferia estar com outro estado de espírito, mas ainda não dá. Por enquanto, preocupo-me apenas em adaptar-me da melhor maneira possível.

- Estou com sono, muito sono. Não dormi direito essa noite.
Cansaço + falta de inspiração = post nada a ver.
Muitas coisa se passam pela minha cabeça, mas agora nada tem muito nexo. Ainda bem que está quase na hora de ir embora...

Agora é tarde

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Como eu disse, tinha o colega que me propôs trabalhar no Rio. E eu avisei a ele que deveria conversar logo com o gerente sobre isso. "Fale agora ou cale-se para sempre"... Agora, o gerente me liberou para área de logística (em Macaé). O supervisor já marcou os cursos que preciso fazer. Semana que vem começa meu treinamento teórico e prático. E, na hora exata em que o supervisor estava me dando as últimas instruções, o colega do Rio me liga (e não consegue falar comigo, pois eu estava em reunião). Agora acho muuuuuito difícil que me liberem daqui.

Não estou empolgada, mas também não estou triste. Parei pra pensar e, assim como há pontos negativos, há também pontos positivos em ficar por aqui: estarei mais próxima de casa e conheço mais gente em Macaé - inclusive tenho uma boa amiga que mora nesta cidade (já aposentada) a quem sei que posso recorrer quando estiver sozinha caso eu precise.

Inclusive já estou vendo uma pousada, hoje à tarde terei uma resposta sobre a (única) vaga disponível. Vou pagar menos que um aluguel, com a vantagem de não ter que fazer serviços domésticos (quem me conhece sabe que essa, definitivamente, não é minha praia) nem ter que pagar faxineira...

Então, pra mim, já está tudo definido (com exceção da vaga na pousada).
Fico olhando o pessoal aqui e sei que a maioria não morre de amores pelo que faz... Eles vêm, fazem seu trabalho da melhor maneira possível, recebem seus salários , pagam suas contas... Talvez eu também possa ser assim, normal, pelo menos por enquanto. Pelo menos dessa vez vou tentar complicar menos...

Deslocada

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Sabe um peixe fora d'água? É como estou me sentindo. Deslocada, desambientada...
Quando embarcava, eu chegava na plataforma, tomava ciência da situação e sabia o que fazer. Havia algumas burocracias obrigatórias (que eu fazia nos horários em que eu considerasse mais adequado). Mas havia o trabalho prático. E eu sabia como me portar.
Aqui é estranho. Me colocaram num cubículo e ainda nem sei exatamente o que vou fazer. Possivelmente vão me mandar fazer um ou dois cursos para aprender a mexer no sistema antes de realmente começar a trabalhar. Mas sei que o trabalho é exclusivamente burocrático, que os horários não são nada flexíveis... E é quase certo que não precisarei de muita atividade intelectual aqui para exercer essa função (na verdade, não precisa ser químico nem ter experiência de embarque pra fazer isso aqui). É frustrante.
Só não estou pior porque vejo uma pequena possibilidade de fazer algo que se enquadra melhor nas minhas funções: dar suporte técnico ao pessoal embarcado. Só que dependo da decisão de um colega para isso (ele está estudando a situação, pretende exercer outra atividade... e eu o substituiria). Outra vantagem: seria no Rio. Lá, eu não gastaria a maior parte do meu salário em moradia (na verdade, até receberia uma diária... Mesmo que não recebesse, ainda seria vantajoso para mim).
Vamos ver no que vai dar. De qualquer forma, espero que até fim do mês, as coisas estejam definidas.
Ai, ai... Os sacrifícios da maternidade...

Urruuuulll!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

É menino, MENINO (como eu queria)!!! O teste tem 99% de acerto. :D

Mas nem tudo são flores. Aqui em Macae(eca) city, minha vida continua indefinida... Espero ficar numa atividade e num ambiente de trabalho razoável (difícil, mas não impossível). Continuem torcendo. Talvez amanhã eu tenha alguma definição...

Ligeiramente grávida

sábado, 3 de maio de 2008

Sim, tenho tido enjôos, meus peitos doem e minha barriga parece estar com o dobro do tamanho que deveria... rs. Desejo? Dia desses meu irmão teve que sair 22:00 pra me comprar picolé de uva (isso porque o namorido tava embarcado, então ele mesmo se encarregou de pedir ao meu irmão por telefone). Fora esses pequenos "percalços", está tudo bem.
E como sou a pessoa mais curiosa do mundo, fiz um exame de sexagem fetal pra saber o sexo do bebê (possível fazer a partir de 8 semanas de gravidez... Viva a tecnologia!). O resultado sai semana que vem e venho aqui pra contar (cá entre nós, queria muito um menino!).
A única coisa que tem me perturbado é essa coisa de ter que ficar trabalhando em Macaé. Como vocês sabem, prefiro embarcar. Mas mesmo depois que o bebê nascer, sei que não vai ser fácil ficar longe 14 dias. Então, muita coisa tem passado pela minha cabeça... Torçam por mim (para que esse período no administrativo em Macaé não seja tão traumático como da última vez).
 

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