Livros parte 3

quarta-feira, 25 de março de 2009

Confesso que ando um tanto melancólica. Talvez por estar no final das férias e por estar me dando conta de que se aproxima o dia em que terei que deixar meu bebê para trabalhar. Mas não quero falar nisso agora, embora esse assunto ocupe boa parte dos meus pensamentos.

Para me distrair dos pensamentos sombrios enquanto o Gabriel dorme, fico lendo. Um hábito que eu andava negligenciando, mas pretendo redimir. O outro livro que encomendei do Robert Heinlein (Um estranho numa terra estranha) chegou, mas eu me controlei (e não foi fácil!) para não começar a lê-lo antes de terminar o livro que eu havia começado "Praticamente inofensiva", de Douglas Adams (continuação da série "Guia dos Mochileiros"). De qualquer forma, fica evidente que ando interessada em ficção! rs. Pois bem.... Terminei "Praticamente Inofensiva" hoje. E confesso que o final foi inesperado e que eu preferia que tivesse sido outro. Mas foi uma leitura interessante, que manteve o ritmo dos livros anteriores numa história que mescla ficção científica, muita imaginação, humor (no estilo britânico) e uma dose de críticas sociais.



Da mesma forma que fiz no livro anterior, vou deixar aqui umas passagens que considerei interessantes (mas não necessariamente na ordem que aparecem no livro):

"... tinha que reconhecer e respeitar o que aprendera sobre a visão bartledaniana do universo, que consistia na idéia de que o universo era o que o universo era, ame-o ou deixe-o."

" Nada, como todo viajante galáctico experiente sabe muito bem, é na verdade algo extremamente denso e com complexidades multidimensionais."

" - Você veio atrás de um conselho, mas não consegue lidar com nada que não conheça. Humm. Então temos que dizer algo que você já está cansado de saber, fazendo com que pareça uma novidade, né? Bem, o de sempre, suponho."

" - Você não pode ver o que eu vejo porque você vê o que você vê. Não pode saber o que eu sei porque você sabe o que você sabe. O que vejo e o que sei não podem ser acrescentados ao que você vê e ao que sabe porque são coisas diferentes. Também não podem substituir o que você vê e o que você sabe porque isso iria substituir você mesmo. (...)
- Ah - disse Arthur decepcionado. - Bom, não tem nada que seja um pouquinho mais específico para mim?
- Tudo que você vê, ouve ou vivencia de qualquer jeito que seja é específico para você. Você cria um universo ao percebê-lo, então tudo no universo que percebe é específico para você."

"Proteja-me de ficar sabendo daquilo que não preciso saber. Proteja-me até mesmo de ficar sabendo que existem coisas que não sei. Proteja-me de ficar sabendo que decidi não saber de coisas que decidi não saber. Amém.
(...)
Tem uma outra oração que acompanha essa e é muito importante - continuou o velho. (...)
... Senhor, Senhor, Senhor. Proteja-me das consequências da oração anterior. Amém."

" 'Vivemos em tempos estranhos.
Também vivemos em lugares estranhos: cada um em seu próprio universo.
As pessoas com as quais populamos nosso universo são sombras de outros universos inteiros que cruzam com o nosso. Ser capaz de vislumbrar essa complexidade desconcertante de recursividade infinita e dizer coisas como "E aí, Ed! Belo bronzeado, hein? Como vai a Carol?" requer uma imensa habilidade seletiva que todas as entidades têm de desenvolver uma capacidade para se proteger da contemplação do caos que atravessam aos trancos e barrancos. Então não encha o saco do seu filho, tá?' (Trecho do livro Como ser pai em um universo fractalmente louco.)"

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