Ontem

domingo, 27 de maio de 2007

Era um dia que não prometia muito - apenas mais um dia em que as horas provavelmente iriam parecer não passar. Mas alguém lhe manda um e-mail. Não um e-mail qualquer, nem de propagandas, nem de auto-ajuda, nem uma coisa impessoal. É um e-mail que responde a uma pergunta que deixei no comentário de um post com questões que me intrigaram. Um e-mail que se transformou em vários e-mails ao longo do dia e alguns textos publicados em um blog. Coisas demais, ditas rápidas demais para que eu pudesse absorver. Coisas que não têm explicação sensata e racional - mas algumas que, estranhamente, eu conseguia entender, embora de forma primitiva.

Como deve ser bom ter essa liberdade de não importar-se com regras e consequências! Deixar as palavras fluírem do coração direto para os dedos, fazendo um "by pass" pelo cérebro. Talvez um dia eu também consiga ser assim, talvez um dia a vida me leve por outros caminhos... Mas, até agora, o que a vida tem me dito é "seja prudente". Claro que eu desobedeci muitas vezes, sempre fez parte de mim uma boa dose de impulsividade. Mas ela, a impulsividade, quase sempre fez com que eu me ferrasse. E não é fácil vencê-la. Ao longo dos anos tentei aplicar mais o "seja prudente" que a vida me aconselhava. Mas o impulso nunca morre totalmente. É aí que, vez por outra, fico dividida. E acontece de as vezes, mesmo que eu opte pela prudência, a impulsividade me toma e me leva pro lado oposto. Nem preciso dizer, evidente que é, que por conta disso muitas vezes ainda me ferro..
Ah, eu e meus eternos conflitos....! Pelo menos não dá pra dizer que sou previsível (já fiquei perplexa com coisas que fiz e ainda hoje me surpreendo comigo mesma).

Já devia ter desistido de procurar respostas que nunca terei. "Algumas coisas não tem explicação" - ouvi isso muitas vezes, ontem mesmo li sobre isso em vários e-mails que recebi. O problema é que eu acabo me distraindo e quando me dou conta, lá estou eu novamente perseguindo o horizonte.
Que parte do meu cérebro faz tantas perguntas e quer explicação para sentimentos que não podem ser definidos? Queria saber, assim eu poderia desativá-la!

PS: texto rabiscado ontem, enquanto eu não conseguia dormir...

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