"Fase equivalente"

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Eu teria motivos para estar estressada. Mas não estou. Poderia até dizer que isso é bom e sei que provavelmente me chamarão de maluca por, na verdade, achar isso meio preocupante. É até difícil explicar, nem sei se vale a pena tentar... De qualquer forma, lá vai: há 2 tipos de estados "zen" do meu ponto de vista - o primeiro em que o humor vai bem e pequenos aborrecimentos e preocupações não nos afetam; o segundo em que o humor é indefinível e nada nos afeta com a intensidade adequada (pequenos ou grandes aborrecimentos, bem como pequenos ou grandes acontecimentos agradáveis), ou seja, ficamos a um passo da apatia. Outra observação que tenho feito é que, após esse estado de apatia, pode vir uma tempestade emocional.

Nas horas mais ociosas, procurei me distrair na Net pro tempo passar mais rápido. Mas, "pra variar", tudo aqui é bloqueado e não consigo ler vários dos eBooks que encontrei porque não posso instalar programas compatíveis com o formato dos arquivos. [convenhamos que isso, por si só, já é motivo para causar estresse! rs] Até que encontrei um que consegui abrir: Luta pela mente, de William Sargant. Como o dia foi relativamente calmo e não havia tanto trabalho assim, li 2 capítulos. Fala sobre o funcionamento da mente humana - especialmente em situações de estresse - e de mecanismos de (re)condicionamento, comparando com experimentos realizados pelo fisiologista russo Pavlov lá pela década de 30. Daí que o cara identificou 3 estágios de inibição nos cães submetidos a pressões e conflitos que não estavam capacitados a responder (e que pode ser causado até pelas condições físicas do animal, como doenças e trabalho exaustivo). E o primeiro estágio foi chamado de "fase equivalente", em que o cão respondia da mesma forma a estímulos de diferentes intensidades, sejam negativos ou positivos.
Trechinho do livro: "...pessoas doentes dos nervos queixam-se frequentemente de que se tornam incapazes de sentir tristeza e alegria tão intensamente como antes. Em resultado da fadiga e debilitação um homem pode descobrir, para o seu desgosto, que a excitação de receber um legado de dez mil libras não é maior do que se fossem apenas 6 pence."

Nem vou registrar as duas próximas fases. Porque, pra começar, decidi não me preocupar antecipadamente com tempestades que podem nem acontecer. Além disso, este não é um blog de psicologia/psiquiatria (embora o tema me interesse). Também não pretendo criar polêmica com a questão de se comparar cães a seres humanos ou entrar no mérito de utilizar animais para fazer experimentos (embora seja de conhecimento geral que muitas descobertas científicas só foram possíveis devido ao uso de cobaias). Apenas registrei porque achei curioso ter encontrado esse texto ao acaso (eu não estava procurando nada específico) justo no dia em que eu estava "filosofando" sobre o assunto...

Agora que tirei as teias de aranha do blog, vou à reunião das 19:00... E, então, finalmente acaba meu turno. Amanhã (ou talvez ainda hoje, dependendo da disponibilidade de computadores... e do meu nível de fadiga, que só poderei avaliar após um bom banho) estarei atualizando minha leitura no blog de vocês.

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