Padecendo no Paraíso

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Eu sabia que para ser mãe teria que fazer certos sacrifícios. Ficar no escritório (blergh), sem minhas queridas folgas, realizando trabalhos chatos (ou não, já que no momento tá rolando um vácuo por aqui)... Encarar viagens Campos-Macaé e vice-versa, aumentar consideravelmente meus gastos, assumir um corpo de formato esférico...
Mas não pensava que no 8º mês, mais especificamente 34ª semana, eu estaria assim:

- Com a barriga tão pesada que parece que vai se abrir a qualquer momento;

- Caminhando tão devagar que se apostar corrida com uma lesma, eu perco (aliás, "caminhando" é forma de dizer, pois mais parece que estou remando!);

- Com tanta falta de ar que às vezes temo não conseguir oxigênio suficiente pra manter minhas funções vitais. Ou, em termos mais simples, parece que vou sufocar até morrer;

- Com umas oscilações de pressão em momentos tão inadequados que não me sinto mais segura pra dirigir;

- Sem aguentar ficar em pé nem por 10 minutos;

- Voltando a ficar enjoada como no início da gravidez (Ahn? Pode isso?). E mesmo enjoada, em alguns momentos a fome é tanta que pareço estar privada de comida há uma semana. Mas, detalhe: não posso comer muito senão passo mal;

- Me sentindo como se tivesse corrido a São Silvestre após caminhar lentamente por 5 minutos ou após subir 1 ou 2 lances de escada;

- E, principalmente muito, muito cansada.



Sobre a ampliação da licença maternidade:



Já é lei a ampliação da licença para 180 dias, embora não tenha que ser obrigatoriamente adotada. Mas já foi aprovada por várias estatais. Menos, claro, a Petrobras. Falei com RH e a resposta foi que não pretendem adotar este ano. Os e-mails, o sindicato nem responde, então teve que ser por telefone. Mas eles alegaram que este ano o acordo está discutindo apenas pauta econômica.


Hoje deve ter uma manifestação em frente ao EDISE, no Rio, para pressionar a empresa a discutir a questão. Seria bem mais fácil se o sindicato se mostrasse um pouco mais disposto... Queria muito ir, mas só recebi o e-mail hoje e estou aqui em Macaé!


Não sei no que isso vai dar, mas torçam para que sejamos ouvidos. Vai ser bom pra muitas mamães, inclusive eu. Especialmente para as que trabalham em regime de embarque (que é meu caso também).



Sobre eleições em Roça City:



Não sei se vocês ouviram falar sobre a palhaçada que foram as eleições na minha cidade. O candidato impugnado Arnaldo Viana continuou em campanha e concorreu normalmente (estranhamente, isso é permitido! Vai entender...). Vários otários eleitores votaram nele e a tendência era que o dito cujo fosse pra segundo turno com Rosinha (ex-governadora do Rio). Não vou nem entrar no mérito de que, na minha modesta opinião, nenhum dos candidatos presta é adequado para governar a cidade - e, portanto, não votei em nenhum deles. O que eu quero deixar claro é que não entendo como nem porque permitem que um candidato impugnado continue fazendo campanha e concorrendo ao cargo. Só pra depois considerar inválidos todos os votos que ele recebeu? Qual o sentido disso? Fazer os eleitores de palhaços?

Bom, eis o resultado: eleições indefinidas. Aguardando decisão do TSE.

Pra não pensarem que estou mentindo: http://www.fmanha.com.br/



É, viva o Brasil! Viva a democracia!

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