Mais de trabalho - o título também pode ser "Sobre o que me consome"

terça-feira, 21 de setembro de 2010

E daí que não posso ter nenhum projeto pessoal porque passo a maior parte do meu tempo no trabalho e viajando? Teoricamente, estou sendo paga pra isso: pra sub-existir (embora não paguem nem minhas viagens). Pena não ser dinheiro suficiente pra eu torrar tudo nas maiores futilidades e fingir que essa coisa toda vale a pena.

Sobre o que vale a pena aqui no trabalho nos últimos dias, posso citar apenas o contato com o pessoal do financeiro: dois moços que nunca vi pessoalmente. Um deles, super extrovertido, já me chama de amiga com um sotaque nordestino (sempre achei fofo esse sotaque). O outro, mais sério e contido. E como mando e-mails e ligo pra eles no mínimo 2 vezes por dia, pensava “gente, esse cara deve me detestar, deve ter vontade de bater com a cabeça no teclado repetidas vezes quando olha o nº do meu ramal no telefone”. Aí, me surpreendi. Liguei pra ele e recebi um elogio! Ele disse que está com muitas demandas de vários lugares, mas está tentando atender a minha com mais empenho porque é bom e raro trabalhar com pessoas assim como eu: gentis, educadas e capazes (pois é, pasmem: eu sei ser super gente boa!).

Sempre fico feliz quando isso acontece, quando sou reconhecida pelos colegas de trabalho - já que a empresa não vai mesmo me dar o devido valor (quanta modéstia!). Muita pena mesmo que meu salário não aumente e eu nem ganhe promoção com os elogios. Continuo na obscuridade tentando voltar a embarcar pra pelo menos ter minhas folgas (as folgas são para mim um oásis no deserto ou o pote de ouro no fim do arco-íris). Mas corro o sério risco de ficar presa aqui consertando mais besteiras de gente incompetente (injusto, mil vezes injusto! Deveriam chamar os boçais pra corrigirem seus próprios erros!). Ou talvez eu deva ser menos competente (sério, estou até tentando... Mas por causa da minha “gentileza, educação e capacidade” o pessoal do financeiro tem colaborado comigo e as coisas estão caminhando com relativa rapidez).

Moral da história: ser bom é ruim.

8 comentários:

Mauri Boffil on 21 de setembro de 2010 às 12:54 disse...

eu concordo... ser mau é bom. e ser bom é ruim

Lulu on 21 de setembro de 2010 às 18:49 disse...

Concordo com vc. Quem dá o sangue não é valorizado.
Big Beijos

Autor on 21 de setembro de 2010 às 19:38 disse...

É bom ser reconhecido pelo que se faz. Principalmente quando esse reconhecimento significa alguma coisa de verdade.
Sobre folgas, eu te entendo. Me vendo por elas, hahaha

on 21 de setembro de 2010 às 20:52 disse...

Vc tem razão nem sempre as pessoas que suam camisa são valorizdas né ...Bjus

Cris on 21 de setembro de 2010 às 22:34 disse...

Oi, obrigada pela cisita no meu blog, Cris-mae de três, achei confuso o comentário, mas muito obrigada, volte sempre! :-)

Luma Rosa on 21 de setembro de 2010 às 22:39 disse...

Você não tem um gestor para expor o que está acontecendo? Corrigir incompetência não é legal fora do conhecimento superior, porque você também pode ser enquadrada! Beijus,

christine on 21 de setembro de 2010 às 23:08 disse...

nem sempre é assim Tati...
Mas que às vezes é tanta coisa errada que nosso sentido de ética vai pra lua, ah... isso é. E nessa hora invertemos tudo. mas, no fundo do meu coração, não acredito nisso. Beijo grande e já coloquei seu link no meu blog.
Obrigada pelas visitas.

Daniel Savio on 27 de setembro de 2010 às 16:56 disse...

Ai, ai, até parece que você é um alien assassino, até eu sou mais mau humorado que tu, então não é de estranhar o pessoal gostar de ti...

Fiquem com Deus, amiga e sobrinho.
Um abraço.

 

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