Viagem em partes...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Eu decidi viajar para encontrar meu filho em Pernambuco nos 45 minutos do segundo tempo. A verdade é que eu estava dividida entre a saudade que sentia do meu filho e a indisposição em ver o pai dele. A saudade ganhou e eu fui.
Detalhe: joguei qualquer coisa dentro da mala na sexta-feira, quase 5 horas da manhã, e fui trabalhar.


Parte 1: Fui de Macaé para o Rio. Se eu não tivesse saído mais cedo, não chegaria ao aeroporto na hora. Que inferno de trânsito é esse?

Parte 2: Passa por mim o Dado Dolabela (aquele ator que fez... que fez... sei lá, fez alguma novela global aí) no exato momento em que recebo de “brinde” uma daquelas revistas de fofoca com o dito cujo na capa (sobre a sentença de agressão contra Luana Piovani, blábláblá). Eu já disse que detesto esse cara? E muito antes dessa história de agressão. Antipatia gratuita, nem sei explicar. E isso quase nunca acontece comigo. Daí, as moças suspirando no aeroporto e eu achando ridículo. Talvez eu também não tenha dito isso aqui ainda, mas quando não gosto de alguém, acho a pessoa feia e pronto.

Parte 3: Viajando com o time do Flamengo (literalmente do meu lado). Diga-se de passagem, pela cara dos meninos, são do time juvenil. Ainda assim, teve gente pedindo pra tirar foto. Eu não, mesmo que o Flamengo seja meu time. Ando chata pra caramba e levando as coisas a sério demais. E simplesmente não entendo e não aceito o fato de que um jogador de futebol e um artista global ganhem mais do que um médico ou um professor. Acho uma inversão total de valores. (Eu avisei: tô chata!)

Parte 4: Depois de conexão, mudança de vôo, dentre outras chatices... Finalmente cheguei à Recife. Mas o detalhe é que meu filho estava em Carpina (quase a 1 hora de Recife). Pelo menos o pai dele foi me buscar.

Parte 5: Cheguei de madrugada, meu baby estava dormindo. Mas foi tão bom olhar pra ele, sentir o cheirinho dele... E quando ele acordou e me viu de manhã, nem sei como descrever quanto fiquei feliz ouvindo a vozinha dele dizendo “mamãe”...

Notei que ele está falando mais e melhor (ele já falava tudo, mas não se preocupava em formar frases. Agora está formando frases... E até canta a música “O pato”, do Toquinho).

Parte 6: A família do Gabriel por parte de pai organizou uma festa pra ele. O tema foi Cocoricó. Ficou lindo, ele estava fofo e se divertiu demais. Eu? Tirando que não levei roupa adequada e me cansei demais correndo atrás dele pra lá e pra cá, terminando a festa com a coluna destruída por dar suporte a ele no pula-pula e escorregador... Fiquei contente em ver meu filho feliz. É tudo que uma mãe quer, não é?
Infelizmente, eu, no ritmo de alegria da festa, em ato raro de boa vontade - e de imbecilidade total - , tentei transformar o clima insuportável existente entre o pai de Gabriel e eu numa coisa, sei lá... melhor. Meu gesto foi inicialmente bem recebido. Mas, no dia seguinte, tudo que havia era uma parede de gelo entre a gente.

Parte 7: Dia seguinte da festa de aniversário de Gabriel (já notaram que bolo de aniversário é mais gostoso no dia seguinte?). Feriado de segunda-feira... Eu tão cansada do dia anterior que parecia ter participado de uma maratona, talvez um triatlo. Jogada no sofá enquanto Gabriel se divertia com as primas, assisti ao filme “Ameaça Terrorista”, com Samuel L. Jackson. Cenas fortes. Mas eu gostei. E recomendo. Na verdade, o título original é Unthinkable ( = impensável) e perto do final a gente descobre por quê.

Parte 8: A viagem de retorno, na terça-feira, não foi nada agradável... Gabriel vomitou no avião. Ainda bem que estava já perto do Rio e que sou uma mãe prevenida - e as mães prevenidas sempre carregam uma roupinha extra na bagagem de mão. Depois veio a viagem de carro. O que deveria ter sido um trajeto de 4 horas, transformou-se em 8 horas!! Congestionamento maldito na ponte Rio-Niterói. Mas também levamos um tempinho jantando no restaurante Vacaria (ótimo, aliás). E o bom foi que Biel dormiu boa parte do caminho. Mas o péssimo foi que eu e o pai dele brigamos de novo.

Parte 9: Chegamos em Campos city por volta de meia-noite. O pai de Gabriel tonto de sono, sem condições de dirigir de volta pro Rio. Resultado: dormiu lá em casa. Aí, de repente, recebo a notícia de que a babá do meu filho vai sair para outro emprego. Estamos no final do ano, com férias escolares pela frente... O que vou fazer com meu filho enquanto isso? Sabe, não agüentei: chorei, chorei e chorei. Para ser bastante sincera, o motivo de tanto choro não era só esse. Estou num período ruim demais, daqueles que nada dá certo. Tenho tentado me manter firme, mas acabei desabando. Fui dormir tarde e a sorte foi que o pai de Gabriel me deu carona pro trabalho no dia seguinte: fiquei em Macaé e ele seguiu viagem pro Rio.

Vou parando por aqui porque este post já ficou grande demais!

7 comentários:

Flavio Ferrari on 18 de novembro de 2010 às 18:05 disse...

Que maratona (ou mãeratona) ...
As vezes as coisas parecem mais difíceis do que são ... e as vezes acontece o contrário.
E, para piorar, ainda tem gente que faz comentários inúteis ...
Bjs

Daykerson Vicente on 18 de novembro de 2010 às 21:15 disse...

Por vezes penso que a minha vida é agitada. Ao ver esse blog percebo que tem pessoas em ritmos bem mais pesados que o meu. Em alguns momentos sinto falta de uma verdadeira correria, mas que seja recompensada com o "tudo certo no final".
E é mesmo muito ruim problemas familiares. Descobri isso a menos de dois anos, e ainda sigo descobrindo!
Gostei do seu espaço. Voltarei!

Abraços e boa semana!

Anônimo disse...

força aí!!!!
diz que ano que vem os astros estarão alinhados e TUDO melhora :)
bjs!

Kah on 18 de novembro de 2010 às 23:16 disse...

Pernambuco? Aqui pertinho, pô! rsrs

Tem vezes que parece que estamos sendo testados, né? Tudo que pode dar errado, dá! É incrível!
Melhoras em todos os aspectos.
Beijão!

http://chinanaminhavida.zip.net disse...

Caramba... realmente uma "mãeratona"....hehehehe
E quer saber minha opinião, mesmo que não tenha pedido, sou metida mesmo :P, vc não chorou pela babá... vc chorou por vc, pelo stresse, por tudo que tem passado nesse pouco tempo que tenho seguido sua vida através do Blog. Vc colocou tudo nesse choro. Mas é bom, "lava a alma" no mínimo! Bj. Chris

Fatima Valeria on 29 de novembro de 2010 às 19:07 disse...

Pense bem, isto foi cinco estrelas, afinal vc sobreviveu, chavão de novo, "o que não mata fortalece". É verdade que as vezes precisamos de umas férias da "vida", umas temporadas mais lights, com menos ansiedades. Quando tudo isso passar, pq passa uau!!! Segura que não vai ter p ninguém...
Fatima Valeria

Daniel Savio on 5 de dezembro de 2010 às 15:52 disse...

Ai, ai, eita mãe coruja, sabe...

Fiquem com Deus, amiga e sobrinho.
Um abraço.

 

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